Texto extraido do artigo de Maria de Fátima Gomes: "Escola: lugar onde se aprende a pensar"
Ao longo da história, a educação vem se desenhando por espaços pedagógicos, tendências teorica-metodológicas elaboradas, construídas por teóricos, colocadas a serviço de modelos exigidos pelo contexto histórico e econômico, cultural e social de cada época, pela qual passa a sociedade no tempo e no espaço. Envolve a escola - instituição social que atende a todos - quando se trata de educação para todos. Pois, sabemos que essa realidade não é para todos, não chega às camadas pobres. A escola está à luz de paradigmas sócio-políticos e se transforma a cada momento, conforme o contexto social, econômico e político que afeta a sociedade, mediante teorias e interesses políticos que influenciam na área educativa.
No entanto, é nesse cenário divergente, contraditório, que a escola é o lugar de construção de saberes, de ação pedagógica e é preciso um olhar mais profundo a respeito da formação nesse espaço. Que lugar é esse, que vem sendo mantido por muito tempo como tradicional, no meio escolar e acadêmico, e, ainda hoje, presente em algumas práticas pedagógicas? Quem são os seus componentes – professores e aluno – que formam classes sociais diferentes, de culturas diversas, criam um sistema de representações, ou seja, uma linguagem simbólica diversa, mas que freqüentam, compartilham o mesmo espaço?
Aceitar as diferenças entre as culturas do aluno e do professor é pertinente, pois cada ser humano é único, com características próprias que os diferem no seu modo de pensar, mas que estão juntos para decidirem, questionarem e compartilharem o conhecimento.
Nesse sentido, a escola deve ser o espaço interativo, coletivo, apropriado para preparar o indivíduo a tomar suas decisões, ajudá-lo a aprender a participar, a pesquisar, a trocar experiências, a se interessar por diferentes assuntos, enfim, aumentar o seu grau de compreensão.
A escola não deve ser lugar de reprodução da classe dominante, mas sim de visão crítica como meio de igualdade social, de inclusão social, em que os índices de repetências e evasão diminuam, comprovando assim a tão esperada universalização do saber.
Sendo assim, podemos considerar a escola como instituição social e política, onde valoriza os interesses e a cultura de cada cidadão. Cabe a escola, neste início de século, projetar propostas que atendam às exigências do capitalismo global, mas que atinja as suas necessidades, priorizando não somente investimentos em recursos de informática e de multimeios “para formar um HOMO Faber mais eficiente e útil no atendimento às necessidades do mercado de trabalho dessa nova fase do capitalismo” (GAMBOA, 2001, p. 87), não esquecendo que o espaço escolar é o lugar de aprender a pensar, sentir e agir, pois, não adianta entrar na era da informatização, se nossos alunos não conseguem sair dos anos iniciais, com competências e habilidades no processo de alfabetização, pois muitos deles apresentam déficit de aprendizagem em leitura e escrita de acordo com os dados do Sistema Nacional de Avaliação Básica – Saeb (2003) nos apresentando que mais de 20% concluem a 4ª série do ensino fundamental sem qualquer habilidade de leitura.
É urgente reverte esse quadro. É preciso mudança no modo de ensinar e aprender. Para isso, teremos que pensar em saída, poderíamos repensar nas práticas pedagógicas numa concepção crítica-reflexiva, em que o sujeito é ativo nas transformações sobre o meio e sobre si, construindo seus conhecimentos através das interações sociais e das transformações culturais, valorizando seus saberes (professor – aluno) não só em termos de conteúdos escolares, mas de suas experiências, de modo que as ampliem de forma crítica, tornando possível a compreensão de mundo e da realidade em que vivem, construindo-se enquanto cidadãos cônscios dos seus direitos e deveres.
Nesse sentido, a prática pedagógica se baseando num conjunto de saberes, advindo das mais variadas experiências sociais, culturais e pedagógicas, conduz a um processo de desenvolvimento e aprendizagem num movimento de ação-reflexão-ação, de modo que seu desenvolvimento seja feito de forma continuada, reflexiva e conectada à realidade educação/educando, proporcionando a reconstrução das práticas pedagógicas.
Fazer parte desse processo é estarmos inserido nos desafios presentes na transformação da prática educativa que diariamente exige competências, habilidades e atitudes sobre o trabalho, tanto no âmbito individual quanto no coletivo, que venham melhorar ou redimensionar a qualidade do processo ensino-aprendizagem, contemplando não só conteúdos, mas também competências, posturas, habilidades e comportamentos para favorecer o raciocínio, a descoberta e a valorização do conhecimento, como também a cooperação, o respeito e o compromisso de cada aluno para com a classe e o professor.
Projetar a escola para o pensar torna necessário perceber a figura do professor, principalmente, na função de intelectual crítico. Para tanto, é salutar repensar esse profissional, sua formação, quem é, o que faz e o que pensa sobre o ato de educar.
No entanto, é nesse cenário divergente, contraditório, que a escola é o lugar de construção de saberes, de ação pedagógica e é preciso um olhar mais profundo a respeito da formação nesse espaço. Que lugar é esse, que vem sendo mantido por muito tempo como tradicional, no meio escolar e acadêmico, e, ainda hoje, presente em algumas práticas pedagógicas? Quem são os seus componentes – professores e aluno – que formam classes sociais diferentes, de culturas diversas, criam um sistema de representações, ou seja, uma linguagem simbólica diversa, mas que freqüentam, compartilham o mesmo espaço?
Aceitar as diferenças entre as culturas do aluno e do professor é pertinente, pois cada ser humano é único, com características próprias que os diferem no seu modo de pensar, mas que estão juntos para decidirem, questionarem e compartilharem o conhecimento.
Nesse sentido, a escola deve ser o espaço interativo, coletivo, apropriado para preparar o indivíduo a tomar suas decisões, ajudá-lo a aprender a participar, a pesquisar, a trocar experiências, a se interessar por diferentes assuntos, enfim, aumentar o seu grau de compreensão.
A escola não deve ser lugar de reprodução da classe dominante, mas sim de visão crítica como meio de igualdade social, de inclusão social, em que os índices de repetências e evasão diminuam, comprovando assim a tão esperada universalização do saber.
Sendo assim, podemos considerar a escola como instituição social e política, onde valoriza os interesses e a cultura de cada cidadão. Cabe a escola, neste início de século, projetar propostas que atendam às exigências do capitalismo global, mas que atinja as suas necessidades, priorizando não somente investimentos em recursos de informática e de multimeios “para formar um HOMO Faber mais eficiente e útil no atendimento às necessidades do mercado de trabalho dessa nova fase do capitalismo” (GAMBOA, 2001, p. 87), não esquecendo que o espaço escolar é o lugar de aprender a pensar, sentir e agir, pois, não adianta entrar na era da informatização, se nossos alunos não conseguem sair dos anos iniciais, com competências e habilidades no processo de alfabetização, pois muitos deles apresentam déficit de aprendizagem em leitura e escrita de acordo com os dados do Sistema Nacional de Avaliação Básica – Saeb (2003) nos apresentando que mais de 20% concluem a 4ª série do ensino fundamental sem qualquer habilidade de leitura.
É urgente reverte esse quadro. É preciso mudança no modo de ensinar e aprender. Para isso, teremos que pensar em saída, poderíamos repensar nas práticas pedagógicas numa concepção crítica-reflexiva, em que o sujeito é ativo nas transformações sobre o meio e sobre si, construindo seus conhecimentos através das interações sociais e das transformações culturais, valorizando seus saberes (professor – aluno) não só em termos de conteúdos escolares, mas de suas experiências, de modo que as ampliem de forma crítica, tornando possível a compreensão de mundo e da realidade em que vivem, construindo-se enquanto cidadãos cônscios dos seus direitos e deveres.
Nesse sentido, a prática pedagógica se baseando num conjunto de saberes, advindo das mais variadas experiências sociais, culturais e pedagógicas, conduz a um processo de desenvolvimento e aprendizagem num movimento de ação-reflexão-ação, de modo que seu desenvolvimento seja feito de forma continuada, reflexiva e conectada à realidade educação/educando, proporcionando a reconstrução das práticas pedagógicas.
Fazer parte desse processo é estarmos inserido nos desafios presentes na transformação da prática educativa que diariamente exige competências, habilidades e atitudes sobre o trabalho, tanto no âmbito individual quanto no coletivo, que venham melhorar ou redimensionar a qualidade do processo ensino-aprendizagem, contemplando não só conteúdos, mas também competências, posturas, habilidades e comportamentos para favorecer o raciocínio, a descoberta e a valorização do conhecimento, como também a cooperação, o respeito e o compromisso de cada aluno para com a classe e o professor.
Projetar a escola para o pensar torna necessário perceber a figura do professor, principalmente, na função de intelectual crítico. Para tanto, é salutar repensar esse profissional, sua formação, quem é, o que faz e o que pensa sobre o ato de educar.
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