Relógio

terça-feira, 10 de agosto de 2010

I Encontro com as Lideranças do Grêmio Estudantil

O dia do estudante será comemorado com o 1º Encontro das Lideranças Estudantis. O evento terá duração de dois dias sendo 11 e 12 de agosto na Diretoria Regional de Ensino com a seguinte programação: Momento Cultural, Mesa Redonda "Retrospectiva Histórica dos Movimentos Estudantins" com o palestrante Orion Milhomem, Relatos de Experiências entre os Grupos, Oficinas e outras atividades. O evento contará com a participação de 64 (sessenta e quatro) lídetres estudantins das escolas jurisdicionadas à DRE-Miracema.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Reunião de trabalho na DRE- Miracema

Realizou-se na DRE de Miracema na manhã do dia 29/01/2010 uma Reunião de trabalho com o Secretário de Educação e Cultura Leomar Quintanilha, referente ao calendário de visitas aos municípios, com objetivo de ouvir as sugestões, críticas e anseios dos gestores que fazem parte das escolas da rede Estadual do Tocantins.
Na oportunidade fora resaltado a importancia do estreitamento das relações entre SEDUC, Rede Estadual e Municipal.
No debate os educadores sugeriram: a contratação de Psicólogos para atender aos alunos do Ensino Especial; atenção especial ao servidores remanecentes de Goiás; implantação de um sistema de colaboração entre SECUC e Prefeitura Municipal de Miracema.
Os educadores apoiaram com entusiamo a colocação do Secretário Leomar Quintanilha que ressaltou a importancia do resgate aos valores como: hierarquia e autoridade do professor, ética e disciplina.
Enfatizou também a implatação de tercerização da merenda escolar, visando melhores condições de atendimento com acompanhamento de nutricionista. Vale salientar que não deixará de aproveitar as merendeiras que já estão desempenhando suas funções nas escolas.
O Diretor da Regional de Ensino Padre Cleonizaldo C. Lopes agradeceu a aquisição da aparelhagem de som para o auditorio da DRE e pela oportunidade da discussão em prol da qualidade do ensino na Educação do Tocantins.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Oficinas in loco realizadas pelos Técnicos de monitoramento nas escolas jurisdicionada a DRE-Miracema


Foram realizadas pelos Técnicos Pedagógicos de Gestão, em algumas escolas da rede Estadual, oficinas tendo como tema: "A prática da sociabilidade: Rejeição X Aceitação" com objetivo de promover um clima organizacional prazeroso receptivo e integrado entre a equipe diretiva, professores. Consolidando a missão, metas e objetivos contemplados no Projeto Político Pedagógico da instituição.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

PROJETO PEDAGÓGICO

OITO PASSOS PARA A CONSTRUÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO

1. Para construir o Projeto Pedagógico (PP) é preciso que direção, professores, funcionários, alunos e pais saibam o que ele significa. Para as escolas que ainda têm dúvidas na elaboração do seu PP, ressaltamos que a leitura e discussão desse artigo pelos professores, no primeiro dia de planejamento, contribuirão para a compreensão do tema.
2. O PP é a intenção de a escola e seus profissionais realizarem um trabalho de qualidade. Ele será o resultado de reflexões e questionamentos de seus profissionais sobre o que é a escola hoje e o que poderá a vir a ser. Visa inovar a prática pedagógica e elevar a qualidade do ensino.
3. O PP não começa de uma só vez, não nasce pronto. Não é obra exclusiva do diretor, ou do coordenador, mas sim de um grupo que engloba, no início, coordenação, direção e corpo docente. Com o tempo, incluirá todo o coletivo escolar.
4. Durante a construção do PP, os educadores explicitam propósitos, apontam metas e objetivos comuns, vislumbrando caminhos para melhorar a atuação da escola como instituição que tem personalidade por refletir o pensamento do seu coletivo.
5. Na construção do PP, a escola deve levar em conta as práticas e necessidades da comunidade escolar, as diretrizes nacionais e as normas, regulamentos e orientações curriculares e metodológicas do seu sistema.
6. O PP é ao mesmo tempo, um dever e um direito da escola. Deve ser um instrumento democrático, abrangente e duradouro.
7. Os princípios, nos quais se baseia o PP, são: garantia do acesso e permanência, com sucesso, do aluno na escola: gestão democrática; valorização dos profissionais; qualidade do ensino; organização/integração curricular; integração escola/família/comunidade; autonomia. Esses princípios estão interligados: alunos de escolas que contam com a participação dos pais apresentam melhor rendimento e menor taxa de evasão; escolas que se articulam com a comunidade oferecem educação de melhor qualidade. A integração escola/comunidade, por sua vez, será sempre decorrência de uma gestão democrática, ou seja, a abertura e o incentivo proporcionados pela direção, para a participação dos vários segmentos da comunidade na vida escolar. À medida que a escola se democratiza, coloca em discussão com a comunidade o que vem realizando. Disso resulta uma certa autonomia para as ações pedagógicas. Mas, autonomia não é sinônimo de soberania, uma vez que a escola pertence, e se vincula, a um determinado sistema.
8. Há três fases bem definidas na construção do PP:
1ª FASE – DIAGNÓSTICO:
Como é a nossa escola?
• Nessa faze, se levantam informações sobre o trabalho que a escola realiza, sua prática pedagógica. A comunidade escolar vai analisar e debater esses dados, sugerindo medidas para alterações.
• O que fazer?
Nesta faze, a escola coletará dados sobre sua realidade, e irá analisá-los, do ponto de vista qualitativo e quantitativo: os que significam dificuldades e os que representam sucesso.
• Como fazer?
A partir do trabalho que a escola realiza, seus membros farão uma série de questionamentos:
- Como é o contexto sócio-político-econômico da escola?
- Qual é a função da escola?
- Como tem sido a participação dos pais na vida da escola?
- Que resultados a escola apresenta para a sociedade?
- Como a escola considera os alunos, na relação ensino-aprendizagem?

Na fase do diagnóstico, a escola identifica os recursos humanos e financeiros disponíveis. É preciso saber como a escola funciona, como acompanha e avalia o processo pedagógico. Muitas vezes, a escola está fragilizada por culpa de uma gestão inadequada; outras vezes, por falta de recursos; outras ainda, por falta ou despreparo dos profissionais. À medida que se coletam informações, para conhecer os problemas, também se encontrando soluções para eles.
Ao se conhecer as pessoas e o funcionamento da escola, começa-se a observar que há em cada segmento escolar (professores, funcionários, alunos, pais) o desejo de mudar algo, para melhorar o desempenho da escola . Os serventes gostariam que ela fosse mais limpa; os funcionários da secretaria, que a documentação estivesse em ordem; os professores, que houvesse mais disciplina e melhor organização, facilitando o trabalho em sala de aula. Como todos desejam alguma coisa, falta apenas articular esses desejos, para construir uma proposta de mudança dos rumos da escola.
O diagnóstico da escola será feito, considerando-se os seus aspectos pedagógicos, administrativos, financeiros e jurídicos.
As estratégias para esses diagnóstico variam, de acordo com a realidade década escola. Sugere-se: análise da evolução das matrículas; índices de aprovação, reprovação e evasão, situação sócio-econômica das famílias; análise e interpretação de avaliações externas- Saresp, Saeb, Enem; análise de estudos sobre a situação da educação básica; ciclos de debates com a comunidade, destacando-se a realidade de cada escola.

2ª FASE – QUE IDENTIDADE A ESCOLA QUER CONSTRUIR?

Após avaliar-se, a escola precisa buscar uma fundamentação que oriente a ação conjunta dos seus segmentos. A prática precisa estar sustentada em uma teoria.
O que fazer?
Nessa fase, será fundamental levantar as concepções que o coletivo tem do trabalho pedagógico, para propor inovações no cotidiano escolar. É preciso conhecer o que cada segmento pensa a respeito da educação, a fim de estabelecer uma linha de ação prioritária.
Como fazer?
Fazer sempre pelo questionamento de todos a respeito de suas concepções: Que tipo de sociedade a escola quer? Que cidadão deseja formar? O que se entende por educação? Que escola se quer construir? Como se concebe a gestão escolar? Qual a compreensão de currículo? Qual será a missão da escola?Qual a visão sobre avaliação? Como a escola encara a questão metodológica? Que tipo de relação à escola quer manter com a comunidade local? Que tipo de profissional tem e qual quer? De que profissionais precisa? Das respostas a essas questões resultará um posicionamento político-pedagógico, que levará a uma definição das concepções e ações a serem compartilhadas. Portanto, a identidade, a “cara” da escola, resultará dessas concepções, o que, unificará o trabalho do coletivo.

3º FASE- COMO EXECUTAR AS AÇÕES DEFINIDAS PELO COLETIVO?
Uma vez estabelecidas às concepções do coletivo, é preciso definir: as prioridades da escola; irá desenvolver; as pessoas que irão realizá-las.
É nessa fase que a escola irá definir a maneira pela qual superará os desafios do seu cotidiano, discutindo e aproveitando as propostas dos participantes. É necessário identificar os segmentos que vão realizar as ações que representam o desejo do coletivo muitas dessas ações, de cunho pedagógico serão realizadas pela direção, coordenação e corpo docente. Outra questão importante nesta fase é saber se as soluções apontadas são criativas, realistas, e se serão capazes de superar as dificuldades identificadas pelo coletivo.

MAIS SEIS PASSOS PARA A CONSTRUÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO

(...) Antes de tudo é preciso lembrar que o Projeto Pedagógico de uma escola exige avaliação permanente, para garantia de seu sucesso. É essa avaliação que vai identificar os rumos que a escola vem tomando. Ao se considerar as diversas funções da avaliação, seria interessante responder as seguintes indagações: em que medidas os desafios são atendidos, no Projeto Pedagógico? Quais os novos desafios que estão surgindo no percurso? As ações propostas foram desenvolvidas? Quais são os seus efeitos? Também será importante definir formas claras de acompanhamento e avaliação das ações, assim como os seguimentos que ficarão responsáveis por elas.

O acompanhamento do Projeto Pedagógico deverá ter por base os dados obtidos, permitindo à escola análise dos resultados de seus esforços, fazendo que eventuais problemas possam ser resolvidos, enquanto ainda é tempo de resolvê-los.

Assim, as três perguntas que guiaram toda a discussão: Como é a nossa escola? Que identidade nossa escola quer construir? Como executar as ações definidas pelo coletivo? – são orientadoras do Projeto Pedagógico e devem ser objeto do processo de avaliação.

1. Articulação do Projeto com a prática pedagógica
Até determinado momento, os profissionais envolvidos com o Projeto Pedagógico observam que o coletivo mergulhou numa série de questionamentos, com vistas à mudança de rumo na unidade escolar. Após esta etapa, esses questionamentos servirão de base para a organização pedagógica da escola.
A escola pública necessita de uma gestão que, partindo da construção do Projeto Pedagógico, crie condições para que ela possa alcançar sua finalidade, concretizando sua função social: a promoção da cidadania e o desenvolvimento pleno e o sucesso dos alunos. Para que isso seja possível, a escola necessita de um planejamento que organize seu trabalho e sua prática pedagógica, de modo que as ações implementadas se articulem, promovendo uma educação de qualidade, conforme o proposto, pelo coletivo, no Projeto Pedagógico.

2. Revendo o cotidiano escolar
No tempo em que não se falava da construção do Projeto Pedagógico, o Planejamento caracterizava-se por uma atividade quase burocrática: a elaboração dos programas que cada professor iria desenvolver ao longo do ano. A partir do momento em que as escolas se voltaram para a construção do Projeto Pedagógico, o Planejamento passou a incluir uma profunda reflexão na montagem dos conteúdos programáticos.

Assim, é preciso termos clareza de que a relação entre o Projeto Pedagógico e o Planejamento é bem próxima, embora tenham eles significados distintos:
• O Projeto Pedagógico busca a construção da identidade da escola; estabelece seu direcionamento; almeja o comprometimento da comunidade escolar com uma visão comum e compartilhada de educação. É, portanto, o norteador de todas as práticas da escola.
• O Planejamento é o processo de uma ação organizada que pretende transformar a escola. Ele tem diferentes abordagens em diferentes partes do país. No sistema escolar público do Estado de São Paulo, recebe a denominação de Plano de Gestão.

3. A função social
Para que a gestão do trabalho na escola pública ocorra de forma organizada, é necessário ter clareza da sua função social, da sua missão, dos objetivos estratégicos que precisam ser desenvolvidos, a fim de que os planos de ação assegurem o sucesso da escola. Algumas definições:

Missão: define o que a escola é hoje, seu propósito, e como pretende atuar no seu dia-a-dia. Sintetiza a identidade da escola, sua função social orientando a tomada de decisões e garantindo a unidade e o comprometimento de todos na ação pedagógica. Por exemplo: a escola tem por missão um ensino de qualidade, garantindo o acesso e permanência dos alunos, formando cidadãos críticos e participantes, capazes de agir para transformar a sociedade.

Objetivos estratégicos: são situações que a escola pretende atingir num certo prazo. Indicam áreas nas quais a escola concentrará suas preocupações e refletem suas prioridades. Representam a escola que temos e definem a escola que queremos construir: melhorando e fortalecendo o relacionamento escola/comunidade; diminuindo o índice geral de reprovação e evasão; promovendo a qualificação dos professores e funcionários; incentivando a convivência democrática na escola.

A partir da missão e dos objetivos estratégicos definidos pela comunidade escolar, é preciso elaborar o Plano de Ação.

Plano de Ação: é documento que apresenta a forma de operacionalização e de implementação das ações planejadas. Deve conter, no mínimo, as metas ou objetivos específicos, a justificativa, as ações ou estratégias de ações, os responsáveis pela implementação das ações, o período em que elas vão acontecer e os recursos materiais e humanos necessários para a execução dessas ações ou estratégias: o que fazer? Por que fazer? Como fazer? Quem vai fazer? Quando? Com que fazer?

Metas: explicitam os resultados que a escola espera obter após a implementação das ações. Podem ser mensuradas e vinculadas a um determinado período de tempo. Por exemplo, aumentar em 20%, até o fim do ano, o índice de aprovação dos alunos da 5ª série. Pode haver mais de uma meta para alcançar um objetivo estratégico. Exemplo: objetivo estratégico: fortalecer a participação dos pais na escola.
Meta 1: promover pelo menos duas atividades esportivas com o pais das oitavas séries: Meta 2: desenvolver pelo menos uma ação pedagógica com pais das primeiras séries do ensino fundamental.


4. O envolvimento de todos
A construção e a implementação dos planos de ação devem ser compartilhados por todos os seguimentos da escola. Nem todos farão tudo, mas é importante que todos tenham acesso às informações sobre o planejamento e o acompanhamento das ações, evitando-se que alguns pensem e outros façam, sem saber por que o fazem.

5. Relação do Projeto Pedagógico com o Regimento Escolar
As escolas trabalham com grupos heterogêneos. Muitas vezes, a convivência entre os participantes fica comprometida, em decorrência de uma série de mal-entendidos. Por isso, é necessário que as normas sejam muito bem definidas pelo coletivo. A materialização dessas normas constitui o Regimento Escolar, cujas diretrizes encontram-se no Projeto Pedagógico.

O cotidiano escolar apresenta, às vezes, situações conflitantes, que se repetem, e que demandam decisões rápidas. O Regimento Escolar é o instrumento que permite à equipe gestora tomar essas decisões, com base nos princípios e normas estabelecidas pelo grupo. Para que o Regimento favoreça essas ações, é necessário que, na elaboração do PP, os problemas do cotidiano sejam abordados. Por exemplo, na questão da disciplina, o Regimento estabelece os direitos e os deveres de todos os segmentos.
No entanto, na maioria das vezes, as penalidades são aplicadas apenas aos alunos: o aluno que chega atrasado é punido, o que nem sempre acontece com um professor na mesma situação.

6. Relação do Projeto com a prática pedagógica

A prática pedagógica remete à elaboração do currículo, ao conhecimento selecionado e organizado socialmente, peças fundamentais no processo de aprendizagem. Por isso, é preciso responder às seguintes perguntas: Para quem são selecionados os conteúdos? A quem interessam os conteúdos secionados? Por que alguns conteúdos são selecionados, e os outros, não? Quem seleciona esses conteúdos?

Conclusão

A construção do Projeto Pedagógico é um processo que compreende três momentos distintos e interligados:
a) Diagnóstico da realidade da escola;
b) Identidade da escola, decorrente do levantamento das concepções do coletivo;
c) Programação das ações a serem desenvolvidas pelo coletivo.
Todos esses momentos passam por um processo de avaliação, o que permite ao grupo caminhar do real para o ideal, desenvolvendo ações possíveis e pertinentes.

Nossa pergunta inicial, “por que construir coletivamente o projeto Pedagógico?”, sempre terá que ser feita, para que as ações não se tornem um mero cumprimento de tarefas.

Este trabalho tomou como base o MODELO III,
da coleção Progestão, do Consed, produzido por
José Vieira de Souza e Juliana Corrêa Marçal.

(Gestão em Rede- setembro 2009 - Nº96, 97; Consed- Conselho Nacional de Secretários de Educação).


terça-feira, 1 de setembro de 2009

Livro examina as transformações do trabalho na nova economia;

Para competir no mercado de trabalho, não basta ter uma competência, é preciso ser competitivo, ou seja, estar disposto a reformular e atualizar continuamente conhecimentos, habilidades e atitudes. - Gilson Schwartz, em "As Profissões do Futuro"

Voltado para quem deseja entrar e para quem já está no mercado de trabalho, "As Profissões do Futuro", da coleção "Folha Explica", examina as transformações nas condições de trabalho da "nova" economia, que funciona com base em redes de conhecimento e exige que o profissional esteja sempre disposto a se atualizar.


Livro examina as transformações do trabalho na nova economia

O livro, assinado pelo editorialista da Folha Gilson Schwartz, está à venda no site da Livraria da Folha e o capítulo de introdução pode ser lido abaixo.

Gilson Schwartz analisa o conflito entre os que apontam um futuro sombrio para a maioria sem acesso às novas tecnologias, e os que apostam num futuro radiante, em que o ócio será mais valorizado que o trabalho, com oportunidades crescentes para todos.

O autor é doutor em economia, diretor acadêmico da Cidade do Conhecimento do Instituto de Estudos Avançados da USP, editorialista e colaborador da Folha desde 1983 e membro do conselho editorial da série "Folha Explica".

Como o nome indica, a série "Folha Explica" ambiciona explicar os assuntos tratados e fazê-lo em um contexto brasileiro: cada livro oferece ao leitor condições para que fique bem informado e que possa refletir sobre o tema a partir de uma perspectiva atual e consciente das circunstâncias do país.

INTRODUÇÃO

Três palavras resumem a visão que este livro oferece do futuro das profissões: rede, conhecimento e cidadania. As oportunidades de sobrevivência digna estarão cada vez mais condicionadas, em cada sociedade, pelas possibilidades de criação e multiplicação de redes de conhecimento.

Se nunca foi fácil conquistar as condições básicas para ser cidadão, com emprego, renda, saúde e lazer, o desafio torna-se ainda maior ao incluir o acesso ao conhecimento como uma das condições fundamentais para o exercício da cidadania. Mas a Conclusão irá também alertar para o raciocínio inverso: sem uma ampla mobilização que afinal coloque a radicalização da cidadania em primeiro lugar, a busca de conhecimento e emprego pode dar em nada.

É importante registrar também, logo no início, que este livro deixará de lado muitas coisas que não mudam, tanto positivas (profissões antigas que são preservadas mais ou menos intactas, como a de enfermeira ou a de juiz de futebol) quanto negativas (tristes realidades como a exploração do trabalho infantil ou as falsas promessas de democratização e distribuição de renda).

As manchetes de jornais e revistas consagraram a divisão entre 'velha' e 'nova' economia. Mas a distinção tende a desaparecer: simplesmente a nova economia penetra todos os setores da velha economia. Agricultura é coisa antiga? As plantações do futuro terão sementes e chips de controle. Fabricar panos ou toalhas é coisa de tecelão, trabalhador manual? O setor têxtil modernizou-se e hoje exibe os mais sofisticados sistemas de design gráfico e automação industrial. O zelador do prédio era uma pessoa que no máximo consertava um cano ou cuidava dos faxineiros? Os prédios inteligentes exigem zeladores que mais parecem administradores de empresas ou prefeitos. Enquanto isso, surgem novas profissões: coordenadores de projetos, gerentes de terceirização, programadores visuais multimídia, administradores de comunidades virtuais, engenheiros de redes.

Essa economia que está surgindo, totalmente nova ou renovando o que já existe, funciona com base em redes de conhecimento. Portanto, transformar-se num elo de uma cadeia de transmissão de conhecimento é a melhor forma de ficar próximo a um bom emprego.

'Cadeia de transmissão': não basta já ter algum diploma pendurado na parede. Há quem diga que os diplomas deveriam ser dados com prazo de validade, como leite e outros produtos perecíveis. Para competir no mercado de trabalho, não basta ter uma competência, é preciso ser competitivo, ou seja, estar disposto a reformular e atualizar continuamente conhecimentos, habilidades e atitudes. O trabalhador do futuro, seja qual for a sua especialidade ou setor, precisa estar habituado à gestão do próprio conhecimento. E desde os primórdios da humanidade é evidente que sabedoria e conhecimento só se atualizam quando proliferam as relações entre pessoas que ensinam, debatem, experimentam, pesquisam e dialogam.

Depois desta Introdução, que situa o tema numa perspectiva mais ampla, o livro segue um roteiro que vai do mais imediato e concreto ao mais distante e abstrato. Começa com o mercado de trabalho, identificando os vários tipos de transformação por que passa esse espaço econômico. Depois, discute profissões que já existem e têm futuro, assim como outras que ainda não existem mas estão sendo criadas e destruídas com notável rapidez.

Traçados esses roteiros sobre o que muda na realidade, daremos uma guinada completa rumo a questões subjetivas cada vez mais decisivas nos ambientes e nas oportunidades de trabalho: personalidade e caráter são aspectos de um relacionamento cada vez mais complexo de cada indivíduo com o contexto em que luta pela sua própria sobrevivência.

Finalmente, busca-se uma síntese entre os aspectos mais concretos e objetivos e as tendências mais amplas da sociedade do conhecimento, em que o caos parece inevitável. Essa síntese, centrada na constituição de novos projetos de cidadania e luta social, é a dimensão mais difícil e talvez ainda utópica de uma realidade cuja transformação tem primado pela violência institucionalizada, pela destruição de empregos e pela desumanização da vida.

No entanto, a maioria das questões levantadas tem de ficar em aberto. Apontar um futuro negro, de piora nas condições de vida para a maioria enquanto uma minoria tem acesso às maravilhas das novas tecnologias, ou indicar um futuro radiante em que o ócio será mais importante e valorizado que o trabalho, com oportunidades crescentes para todos, são extremos hoje tão válidos quanto qualquer aposta.

A mudança é rápida e sem direção clara: mais que apostar neste ou naquele cenário futuro, este livro procura apresentar as questões como oportunidades. O seu aproveitamento dependerá não apenas do esforço de cada indivíduo para sobreviver com dignidade ou fazer carreiras interessantes e financeiramente recompensadoras, mas de uma luta coletiva em que nem sempre é fácil ou possível distinguir quem ou o que está do lado do velho ou do novo, do progresso ou da reação conservadora, da utopia emancipadora ou da velha tutela autoritária.

O paradoxo dramático da nossa época, tão exigente em competição e competências, é que nem as escolas estão preparadas para esse novo sistema nem as empresas conseguem resolver suas carências de mão-de-obra especializada. Enquanto isso, o desemprego aumenta. Antigamente era o agricultor que ia para a cidade ou o estivador que perdia o posto no porto. Agora são os trabalhadores de 'colarinho branco', que estavam aparentemente seguros em escritórios e burocracias, os que perdem seus postos para robôs, softwares, agentes virtuais e sistemas automatizados de administração de empresas e organizações.

Um olhar mais atento identifica que o desemprego tende a ser mais alto nas populações desprovidas de acesso a conhecimento, informação, educação. Nas populações com grau mais elevado de escolaridade, as opções de emprego continuam se multiplicando, e as empresas só se queixam de falta de mão-de-obra especializada. Ou seja, há nas empresas uma procura por trabalhadores que as escolas estão sendo incapazes de oferecer.

Conclusão: quanto melhores forem as condições de vida e a distribuição de renda no país, ou seja, quanto melhores forem as condições de acesso ao conhecimento, mais gente terá acesso às oportunidades da nova economia do conhecimento, centrada na inovação, na expansão de redes e na ampliação da cidadania.

Ser habilitado nas novas tecnologias (uso de computador, domínio de língua estrangeira, capacidade de atualização profissional permanente) significa ampliar as possibilidades individuais de obtenção de um bom emprego --em qualquer setor. Coletivamente, no entanto, não há solução para o desemprego sem programas (públicos e privados) de distribuição de renda e ampliação da cidadania.

Chega a ser espantoso que o trabalho, ou melhor, o direito ao trabalho, já tenha sido considerado como um dos direitos humanos. Hoje, o trabalho, ou melhor, as condições de trabalho, está sujeito a mudanças em que nem se sabe ao certo o que é direito e o que não é. Para os indivíduos, o número de opções às vezes parece limitado; ao mesmo tempo, fala-se cada vez mais numa revolução do conhecimento que abriria espaços mais amplos de emprego e criação.

Uma linha histórica do 'mercado de trabalho' ilustra como o trabalho e as suas condições mudam ao longo da história: no início, predominava a empresa familiar; veio depois um longo processo de profissionalização, ampliaram-se as oportunidades para quadros médios, as cidades cresceram, impulsionando os serviços; houve em alguns casos excessos, evidenciados em momentos como a crise do petróleo e a crise asiática; mas, de qualquer modo, a globalização e a reengenharia tornaram-se dínamos de uma transformação sem precedentes nas formas humanas de produzir e criar.

Para se orientar no novo mundo, na nova economia, é preciso estar informado a respeito de processos como estes: globalização e reengenharia. A globalização é um fenômeno visível principalmente no universo das comunicações, mas alcança praticamente todos os setores econômicos e culturais em todo o mundo. Por mais que se fale em divisões políticas entre Estados, regiões ou regimes políticos, na prática basta abrir os olhos e ligar a TV para saber que todos os regimes, Estados e regiões estão interagindo num mercado autenticamente planetário, que é desigual e injusto.

A reengenharia (em suas várias formas) é o outro conceito central da nova época. Num dado momento, nos anos 80, a expressão ficou associada à onda de demissões em massa, fusões e aquisições, terceirização, enxugamento de empresas. No final dos anos 90, no entanto, já estava claro que a reengenharia não era uma fase ou moda, mas um modus operandi. Da terceirização (em vez de contratar faxineiros, a empresa demite os faxineiros e contrata uma empresa que presta serviços de limpeza, por exemplo) passou-se à quarteirização (ou seja, empresas que assumiam a função de administrar processos de terceirização). A Internet trouxe muitas novas ameaças (a livraria virtual coloca em risco a loja de tijolo e cimento) que também exigem um redesenho completo das engrenagens da produção, do comércio e das finanças. E que geram mais desemprego.

A tradição cientificista do século 19 encarava a ciência e as técnicas como máquinas de solução de problemas. Mas ao longo do século 20 ficou evidente que a velocidade das transformações tecnológicas acabava na prática por colocar novos problemas, cada vez mais complexos. A complexidade crescente dos sistemas empresariais e sociais destrói empregos mecânicos e repetitivos, mas tende a gerar novas necessidades e funções que serão atendidas apenas por pessoas capazes de perceber e atuar, o tempo todo, conscientes dessa complexidade crescente do contexto.

Re-engenho, ou seja, reposição ou redefinição do engenho - palavra que na origem significa tanto o engenho de cana-de-açúcar do Brasil colonial quanto o talento (os portugueses falavam muito em 'cabedal', em 'engenho e arte'). A engenhosidade reposta de modo permanente, ou seja, a identificação de talentos e o exercício criativo desses talentos. Essas são as chaves, relativamente simples, do sucesso profissional. Fácil de falar, difícil de fazer.

Já no final dos anos 90, todo esse processo começou a ser visto de um modo mais sistemático: globalização e reengenharia seriam na prática reflexos da impressionante emergência em escala mundial de uma economia do conhecimento. Redes de conhecimento, de que a Internet é apenas um entre muitos exemplos, começaram a se espalhar por todo o planeta, redefinindo as relações sociais e o peso das instituições políticas e (o que é mais relevante para quem está querendo entender o futuro das profissões) destruindo disciplinas ou, no mínimo, redefinindo muitas delas, de tal sorte que um engenheiro cada vez menos sabe em que vai trabalhar no futuro.

Não só os problemas tornam-se cada vez mais numerosos, como já não se concebe que a busca de soluções fique nas mãos de um profissional apenas (por exemplo, um engenheiro).

Um exemplo é a construção de uma grande usina hidroelétrica (a forma mais moderna do engenho-d'água). Fatores sociológicos, antropológicos e ambientais terão de ser levados em conta. Hoje é comum, em grandes projetos de engenharia internacionais, em que a obra é financiada por organismos multilaterais como o Banco Mundial, que o empréstimo só seja concedido se uma equipe interdisciplinar der um aval ao projeto. Como as populações serão atingidas? Há tribos indígenas ou outras comunidades na área a ser coberta pelas águas? Sítios arqueológicos?

Um sociólogo, portanto, que há alguns anos talvez fosse considerado um profissional com menos oportunidades de trabalho, torna-se valorizado numa economia globalizada em que a engenharia é contextualizada e precisa responder a questões que se colocam socialmente.

Raciocínios semelhantes podem ser aplicados em inúmeros setores, aparentemente condenados a ficar na 'velha economia' ou mesmo a ser destruídos pela 'nova'. O jornalista, por exemplo, torna-se nos novos mercados da Internet um 'diretor de conteúdo'. A figura do 'velho jornalista' já não existe: jovens informatizados ocupam as redações dos jornais e os sites da Internet.

Obviamente seria impraticável, num texto que pretende ser conciso, examinar caso a caso as centenas de transformações que ocorrem nas condições de trabalho, nessa nova rede de conhecimento, que cresce dia a dia, em todo o mundo.

Essa enorme rede não tem um governo centralizado, o que é bom, pois ampliam-se as oportunidades de expressão e criação. Mas é também ruim que não haja a devida regulação, por exemplo, quando se trata de controlar abusos ou de criar condições socialmente adequadas de uso de redes de informação e comunicação.

Para cada profissão ou área de conhecimento abre-se, nos dias atuais, o desafio de se tornar intensiva em conhecimento. Esses esforços multiplicados mundialmente podem resultar num mercado de proporções literalmente planetárias ao qual se pode ter acesso da sala de casa.

Para que esse enorme potencial vire realidade, é preciso ampliar o acesso, sobretudo em comunidades carentes ou países menos desenvolvidos, como o Brasil, a redes de transmissão de informação e conhecimento. Nesse sentido, a nova economia em nada difere da velha: enquanto houver exclusão, desigualdades sociais, restrições sociais e políticas, o tamanho do mercado estará limitado pela baixa qualificação da população.

"As Profissões do Futuro"
Autor: Gilson Schwartz
Editora: Publifolha
Páginas: 112
Quanto: R$ 18,90
Onde comprar: pelo telefone 0800-140090 ou no site da Livraria da Folha

Fonte:
Folha Online extraido do site: http://www1.folha.uol.com.br/folha/publifolha/ult10037u351846.shtml

Só 1% das universidades obtém conceito máximo de qualidade no MEC

Apenas 21 entre as 2.000 instituições de ensino superior avaliadas em 2008 pelo MEC (Ministério da Educação) obtiveram nota máxima no IGC (Índice Geral de Cursos da Instituição). O indicador, que foi divulgado pela primeira vez no ano passado, atribui notas às faculdades e universidades levando em consideração a qualidade dos cursos de graduação e pós-graduação. De acordo com a pontuação, as instituições são classificadas em faixas que vão de 1 a 5.

Entre as universidades com a maior avaliação, 11 são públicas e dez privadas. A nota mais alta ficou com a Ebape (Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas), do Rio, que é particular. O ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica), que é federal, ficou com o segundo lugar, seguido pela Famerp (Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto), estadual. Em último lugar no ranking, está a Fama (Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais de Maceió), que é privada.

De acordo com o ministro da Educação, Fernando Haddad, o IGC foi criado para subsidiar o trabalho das comissões que fazem as avaliações in loco nas instituições. Se a visita confirmar as condições inadequadas da oferta de ensino nas instituições que obtiveram IGC 1 e 2, elas podem sofrer sanções que incluem o descredenciamento.

"Dependendo da gravidade da situação, ela pode ter o número de vagas reduzidos nos cursos deficientes, a suspensão temporária ou definitiva do processo seletivo e, em último caso, o descredenciamento da instituição", afirmou.

O presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), Reynaldo Fernando, disse ainda que as medidas de saneamento só são aplicadas se a visita confirmar o IGC 1 ou 2. "Independente dos aspectos de regulação, o IGC tem uma função fundamental que é orientar o público sobre a qualidade do ensino oferecido em cada instituição", disse.

Razoáveis e ruins

Do total das instituições avaliadas, 884 (44%) obtiveram IGC 3, considerado razoável. Dezoito instituição ficaram com IGC 1 e 570 com IGC 2, considerados ruins, o que representa quase 30% do universo de entidades avaliadas.

Mais de 300 instituições ficaram sem conceito porque não houve participação mínima dos alunos de alguns cursos no Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes).

A nota da prova é um dos fatores que compõem o CPC (Conceito Preliminar de Curso), utilizado para o cálculo do IGC. O CPC também leva em conta as chamadas "variáveis de insumo", que consideram corpo docente, a infraestrutura e o programa pedagógico.

Fonte: Agência Brasil extraido do site: http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u617440.shtml

Campus Jataí realiza XI EREGEO - Simpósio Regional de Geografia

De 4 a 7 de setembro de 2009 o Campus Jataí realizará na Unidade Riachuelo o XI EREGEO – Simpósio Regional de Geografia. O Simpósio existe há 20 anos e se consolidou como fórum de discussão e trocas de experiências da geografia no Centro-Oeste. Chegando a décima primeira edição, o Simpósio amplia o debate geográfico e suas interpretações sobre as diferentes temáticas que envolvem essa ciência.

O tema para este ano é “A Geografia no Centro-Oeste Brasileiro: Passado, Presente e Futuro”. A intenção é discutir os diferentes entendimentos sobre a formação socioespacial do Brasil Central que vão da compreensão antiga de um bioma localizado em uma região isolada, mas que passa por uma integração periférica até meados do século XX quando se integra ao território nacional, até a fase atual, de integração, através da expansão de commodities e entrada no mercado globalizado. “O que se pretende é avaliar a atualidade dessas explicações para o Centro-Oeste enquanto espaço construído e suas perspectivas”, afirma o Coordenador do evento, Professor Dimas Peixinho. Serão seis os eixos temáticos do encontro: a construção da Geografia do Centro-Oeste; a relação cidade/campo; Geotecnologias aplicada ao monitoramento do Cerrado; Logística; a Geografia na educação brasileira; os movimentos sociais no centro -oeste.

As inscrições para o congresso . Podem participar professores, pesquisadores, estudantes e profissionais da geografia e áreas afins. Estão sendo programadas conferências, mesas-redondas, apresentação de painéis e trabalhos orais, mini-cursos e trabalhos de campo. A programação cultural também será bastante movimentada.

Para mais informações o evento disponibilizou um site: www.eregeo.agbjatai.org . As inscrições são realizadas via email, com o envio da ficha de inscrição e comprovante de pagamento. Os valores são R$ 85,00 para estudantes sócios da AGB (Associação dos Geógrafos Brasileiros) e R$ 130,00 para não-sócios. Para Profissionais sócios o valor é de R$ 110,00 e os não-sócios é de R$ 150,00.